O projeto de extensão "Mães na Universidade: acesso, permanência e progressão" visa trabalhar formas de promoção da equidade de gênero e tem como público alvo mães pertencentes ao público externo da universidade e mães discentes da universidade
"Pesquisas apontam que uma das principais causas para a evasão escolar de mulheres-mães está relacionada à maternidade"
O projeto de extensão "Mães na Universidade: acesso, permanência e progressão" visa trabalhar formas de promoção da equidade de gênero e tem como público alvo mães pertencentes ao público externo da universidade e mães discentes da universidade. O projeto tem como eixos de trabalho o acesso, a permanência e a progressão da carreira dessas mães
Pesquisas apontam que uma das principais causas para a evasão escolar de mulheres-mães está relacionada à maternidade. Segundo Abramovay, Waiselfisz e Castro (2013) 13,3% das meninas que abandonaram o ensino médio apontam a gravidez como principal motivo; no Ensino de Jovens e Adultos (EJA) esse índice sobe para 22,9%.
Na universidade, estudos também apontam para a evasão das alunas mães em decorrência de fatores como a falta de estrutura, preconceito, falta de acolhimento, falta de políticas institucionais de permanência, dentre outros (e.g., Fontel, 2019). Segundo pesquisa realizada em 2011 pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), as mulheres representam 57,5% do corpo discente nas instituições de ensino superior federais, sendo também identificada a maior taxa de evasão feminina, ocorrendo principalmente em decorrência da licença maternidade. Tabak (2002) afirma que a evasão feminina universitária muitas vezes está relacionada ao casamento não planejado, à gravidez no decorrer da graduação, ou ao nascimento de filhos.
Esses fatores propiciam a evasão e a não progressão dessas alunas mães na universidade. O movimento Parent in Science recentemente divulgou resultados sobre a sobrecarga nas mães acadêmicas durante a pandemia, incluindo o dado particularmente preocupante de que apenas 11% das pós-graduandas mães estão atualmente conseguindo trabalhar remotamente, e portanto, progredir adequadamente nas suas aulas e respectivos projetos de pesquisa.
Levando em conta esses dados e com a preocupação da construção de uma sociedade mais justa e equânime, o projeto caminha de encontro às premissas de construção da equidade de gênero dentro e fora da UFRJ. Visa construir oportunidades ao acesso, trabalhando pela diminuição das taxas de evasão de mães universitárias
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