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Foto do escritorMarcella Sandim

Com Culpa Materna Não Se Destrói o Patriarcado

"Me senti tão culpada" uma das frases de mães que mais presencio.


A culpa materna está entrelaçada a crença cultural de que toda mulher deseja a maternidade, assim como, que o poder instintivo do amor materno, incondicional está presente em todas as mulheres.

A culpa se relaciona também com as representações e as expectativas projetadas na figura materna, forte, guerreira, protetora, capaz de proteger a cria, leoa.


Todo esse ideal é baseado na perfeição, com muitos momentos de comparação, entre a mãe que se é e a mãe que deveria ser. Abrindo margem para se comparar com outras mães e geralmente, frustrando-se quando a "grama da vizinha parece mais verde" ou julgando a outra, como incapaz ou insuficiente, quando lhe é exigido a perfeição e a mesma não atende.


Para a psicologia, a culpa é um sentimento que implica em sofrimento (de diferentes intensidades) após a avaliação que é feita sobre uma ação, comportamento, compreendida como negativa.

Então, quando o sentimento de culpa estiver presente, fazer uma breve retrospectiva do que te trouxe para esse lugar, pode te ajudar a compreender os valores e idealizações que não foram atendidos por você.


E por mais que o filho esteja atendido em.muitas das necessidades, a culpa pode surgir, como uma tentativa de te dizer, que algo em você ficou aberto, incompleto, ou seja, não perfeito.


Cobrança, comparação, perfeição e produtividade são frutos da construção social patriarcal, e isso significa, um sistema com poder centrado nas necessidades masculinas. E nesse caso, a nossa história aponta, que as mulheres, precisaram tampar os buracos, que esse modelo sociopolítico não dava conta.


Logo, a mulher-mãe se torna multitarefa, sobrecarregada, exausta e adoecida. Para rompermos com essa culpa, precisamos de consciência, presença e coletividade.


Seguimos!🌿

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